O Sagrado Feminino traz os 4 arquétipos principais da mulher e mostra como todas as mulheres vivem os 4 arquétipos, mas às vezes escolhem permanecer em um deles ou têm dificuldade com outros. Precisamos entender a importância de cada arquétipo da mulher e nos conectar com cada um deles. O primeiro arquétipo da mulher é a Donzela e, como com cada uma dos arquétipos da mulher, tem associação com determinadas deusas da Mitologia.
A Donzela e as Deusas Donas de Si
É importante desconstruir a ideia de que a Donzela é única e exclusivamente a princesa dos contos de fadas que está à espera de um príncipe salvador. É claro que não há nenhum problema em quem está em busca do ser amado, mas a ideia da Donzela é a da mulher que está conectada com ela mesma.
Dessa forma, representa-se muito a Donzela através de deusas poderosas, donas de si, independentes, que por algum motivo escolheram essa vida mais conectadas a si mesmas. Portanto, o entendimento da Donzela ajuda a compreender como lidamos com o externo, quais são as escolhas que fazemos e como podemos fazer um resgate de nós mesmas para nos empoderarmos nas nossas escolhas e no que nos faz bem.
A Donzela é muito representada através de deusas poderosas, donas de si, independentes, que por algum motivo escolheram essa vida mais conectadas a si mesmas.
Vale ressaltar que o arquétipo da Donzela, ou da Jovem, não acontece apenas na fase temporal correspondente da nossa vida. Este arquétipo pode acontecer em vários momentos da vida. Inclusive, é possível que uma mulher fique única e exclusivamente conectada a este arquétipo durante toda a sua vida.
As Deusas Ártemis, Atenas e as Deusas Vestais
Agora, vamos olhar pouco mais a história das deusas mitológicas relacionadas à mulher Donzela. Todas elas são deusas donas de si, que optaram por viver conectadas a si mesmas e de forma independente.
Deusa Ártemis (ou Diana)
Considera-se Ártemis como “Uma Em Si”. É filha da Deusa Leto com Zeus. Como Zeus era casado com Hera, que considerava o marido desrespeitoso em relação a ela por seguir se relacionando com outras mulheres, Hera proibiu que a Deusa Leto recebesse ajuda no nascimento dos seus filhos gêmeos. Com isso, a Deusa Leto precisou sair do Olimpo para dar à luz a seus filhos.
Ártemis foi a primeira a nascer, antes de Apolo e, com isso, ela observou todo o sofrimento que sua mãe teve no parto. Por isso, ela passa a se questionar sobre esses desafios da mulher. Ártemis compreende que não gostaria de viver a vida dessa forma e decide que não quer se casar e ter filhos: ela quer viver livre e de forma independente.
Portanto, Ártemis é referência para o despertar do nosso próprio ciclo e se relaciona ao arquétipo da Donzela. Ela nos traz o entendimento e o questionamento de como temos lidado com essa energia lunar, com a nossa vida cíclica e com o despertar para esse universo sensitivo.
Ártemis se relaciona com a Donzela e é referência para o despertar em relação ao seu próprio ciclo. Ela traz o questionamento de como você lida com a energia lunar.
Deusa Atenas
Atenas também está conectada à mulher independente. Mas, com esta deusa, o foco é na inteligência e na conexão com o fogo da sabedoria. Segundo a Mitologia, Atenas foi gerada dentro da cabeça de Zeus, seu pai, porque ele havia comido a própria esposa grávida por medo de uma lenda que dizia que os seus filhos iriam destroná-lo.
Atenas traz o olhar para a figura empoderada através do intelecto. Ela se desconecta de muitas questões do Feminino porque ela não tem a conexão com a própria mãe e, como foi gestada na cabeça do pai, ela possui uma energia muito mais yang, de se empoderar através do conhecimento e da sabedoria que tem. Além disso, Atenas também opta por viver em liberdade e não construir uma família própria.
Atenas tem uma energia yang, assim como a Donzela, e se empodera através do seu conhecimento e da sabedoria, escolhendo viver em liberdade.
As Deus Vestais
Por último, temos as Deusas Vestais, que são as sacerdotisas da Deusa Vesta, detentora do Fogo, um elemento sagrado ligado à espiritualidade. As Deusas Vestais também escolhem viver essa conexão com elas mesmas sem interagir e construir uma família.
Conteúdo: Tati Pepato
Edição: Carolina Mezher
